terça-feira, 31 de agosto de 2010

Religião é o placebo do povo, como diria Dr. House

Eu não queria citar nomes, mas estou cada vez mais criando coragem, ainda mais quando acompanho blogs valentes que colocam a boca no trombone.
Fico indignada de ver as aberrações evangélicas. Sério. Quando penso que já vi de tudo, sempre alguma coisa nova me surpreende. Já vi Drive Thru de Dízimo, custei a acreditar que existe um movimento exigindo que a Microsoft mude o seu atalho de salvar para Ctrl+J (porque só J salva e S significa Satã), tomei um susto ao assistir ao apelo do inovador  "trízimo" de uma certa Igreja... e por aí vai.
Inclusive já vi um certo pastor afirmando que não faz campanha política e no outro dia já estava na maior euforia fazendo campanha em sua Big Igreja pedindo votos para eleger deputados (alguns "missionários" de lá da mesma igreja), prática que é proibida por lei.
E o famoso pastor "Goku" Dragon Ball-Z , o pastor também chamado de Benny Hinn (mas também pode ser facilmente confundido com o apresentador Otávio Mesquita) é um clássico, acredito que todos já devem ter assistido, no entanto coloco aqui para nunca ficar esquecido na história do Youtube:




E o povo acredita!

É pastor virando dissidente e criando sua própria igreja, como se fossem aquelas minhocas que quando se parte uma, se multiplica em quatro minhoquinhas infinitamente...

Algumas instituições não passam de "clubinho social" que não fazem outra coisa a não ser falar da vida dos outros (eles sempre ficam sabendo das últimas, dos "babados fortes" por causa das tais "células de oração"). Mas outras são tão agressivas que são mais comparáveis às facções mafiosas, que brigam entre si na luta por FIÉI$ !

Recentemente saiu na revista Época (adoro as reportagens dessa revista em relação a este tema) sobre o surgimento de um grupo chamado "Os novos evangélicos" que resolveu agir contra esta palhaçada que estamos acompanhando atualmente e quer iniciar uma nova reforma protestante.

Seria muito bom se este movimento fosse adiante, mas brigar com dinheiro em jogo tem que ter pulso forte. Não me considero atéia porque acredito em algo superior, mas ao contrário das religiões, não acredito em um Deus tal qual elas todas "pintam". Acredito em um ser muito diferente, tanto na maneira de ser quanto na maneira de agir ou interferir no nosso mundo. E não cabe a nós, julgarmos de acordo com nossas crendices.
A verdadeira "religião" para mim é só uma: amar o próximo e portanto fazer o bem. O resto é balela. Papo-furado. Sendo ateu ou não, fazer o bem é algo universal. Pena que as religiões tenham matado mais pessoas no mundo do que as guerras. 

Religião é isso: viver em guerra com os outros e paz consigo mesmo na maior comodidade, o que deveria ser exatamente oposto: viver em paz com os irmãos e travar sua própria guerra pessoal para que se vença seus próprios "pecados", seus próprios defeitos e se tornar constantemente alguém melhor. A nossa guerra particular é a mais difícil de enfrentar. É mais fácil achar defeitos nos outros do que em nós mesmos. É mais fácil acusar fraquezas alheias do que as nossas próprias. Religião é isso. Viver afogado na soberba e se alto-declarar "santo" ou perto disso. Quando na verdade, viver verdadeiramente em santidade nada mais é que ser uma pessoa humilde o suficiente para admitir seus próprios erros e procurar sempre ajudar ao próximo sem querer aparecer na mídia. Ajudar ao próximo silenciosamente é a verdadeira generosidade.

É por isso que revolta tanto ver certas "macaquices" para conseguir audiência e claro, dinheiro. Mas geralmente essa audiência é composta pela imensa maioria semi-analfabeta, de pouca instrução, e/ou  pessoas deprimidas (mesmo que tenham um nível de escolaridade um pouco maior é incrível como a depressão afeta o cérebro dessas pessoas para que elas busquem esse tipo de "pajelança").
"Milagres" em atacado são o remédio dos pobres e oprimidos. Pena que só dura o tempo do hipnotismo.

Espero que nossos cientistas nunca caiam nessa, pelo bem da nossa ciência e da humanidade...